Qin Yongmin foi esta quarta-feira condenado pelas autoridades chinesas a 13 anos de prisão, pelo crime de “subversão contra o poder do Estado”. A condenação, preferida por um tribunal da cidade de Wuhan, tornou-se conhecida um dia depois do Governo Central ter libertado Liu Xia.
A República Popular da China condenou esta quarta-feira a 13 anos de prisão um veterano activista dos direitos humanos, por “subversão contra o poder do Estado”, um dia após ter libertado Liu Xia, a viúva do Nobel da Paz Liu Xiaobo.
Um tribunal da cidade de Wuhan, no centro do país, anunciou a sentença de Qin Yongmin no seu portal oficial electrónico, citando um delito frequentemente utilizado pelo regime chinês contra dissidentes.
A condenação surge um dia depois de organizações de defesa dos direitos humanos e a comunidade internacional celebrarem a libertação de Liu Xia, detida desde que o marido ganhou o Nobel da Paz, em 2010. Liu não era alvo de nenhuma acusação judicial formal.
“É realmente chocante ver uma sentença tão dura contra um activista veterano que simplesmente exerceu a sua liberdade de expressão, após [a libertação] de Liu Xia dar algum alento e alguma esperança”, afirmou Patrick Poon, investigador da Amnistia Internacional, citado pela agência EFE.
Qin foi um dos fundadores do Partido Democrata da China, proibido pelo regime comunista pouco depois da sua criação. Em 2015, foi detido após ser acusado de “incitar a subversão contra o poder estatal”, após ter escrito textos sobre a democracia e activismo.
A defesa activa dos direitos humanos levou-o já a passar, no total, 22 anos na prisão ou privado de liberdade. Entre 1981 e 1989 esteve preso e, entre 1993 e 1995, cumpriu dois anos de “reeducação” pelo trabalho, após colaborar na redação da “Carta da Paz”, na qual apelou ao Governo chinês que revisse a sua posição sobre a sangrenta repressão do movimento de Tiananmen.
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