A rainha emérita Sirikit, da Tailândia, mãe do actual rei, Maha Vajiralongkorn, e esposa de Bhumibol Adulayej, monarca que ocupou por mais tempo o trono no país asiático, morreu na sexta-feira, aos 93 anos, informou o Palácio Real.
Apelidada na juventude de “Jackie Kennedy da Ásia”, Sirikit formou com Bhumibol Adulyadej, que reinou por 70 anos, até a sua morte, em 2016, um casal símbolo de elegância e influência, cuja popularidade ajudou a consolidar o papel central da monarquia no coração da sociedade tailandesa.
“O estado de saúde de Sua Majestade piorou esta sexta-feira e ela faleceu às 21h 02, no Hospital Chulalongkorn, aos 93 anos”, informou o palácio. As autoridades tailandesas acrescentaram que o rei Vajiralongkorn ordenou que todos os membros da família real observassem um ano de luto.
Sirikit, que se casou aos 17 anos com Bhumibol, “sofria de várias doenças” desde 2019, incluindo uma infecção no sangue este mês, acrescentou a nota. A sua morte marca o início de um período de comoção nacional e homenagens em todo o país.
O rei da Tailândia é considerado por muitos o “pai da nação” e um símbolo do ideal budista. O fervor quase religioso que envolve essa figura semidivina e, por extensão, a sua família quase não têm paralelo no mundo moderno.
O país observou um ano de luto oficial pela morte de Bhumibol, em Outubro de 2016. A sua cremação ocorreu um ano depois, numa cerimónia bastante elaborada.
Desde a manhã de sábado, os apresentadores dos telejornais vestem de preto na Tailândia, sinal de que o período de luto por Sirikit também começou para o público.
Fragilizada desde que sofreu um derrame cerebral, Sirikit não aparecia em público há anos. Ainda assim, o seu retrato emoldurado em dourado continua a ser exibido em edifícios públicos, dentro de lojas e em muitas residências: “Estou triste porque ela era uma figura maternal para o país e agora já não está entre nós”, comentou na manhã de sábado a empregada doméstica Sasis Putthasit, de 53 anos, em Bangcoc.
O aniversário da rainha, a 12 de Agosto, coincide com o Dia das Mães na Tailândia.
Na década de 1960, Sirikit conheceu presidentes americanos e celebridades como Elvis Presley, além de aparecer diversas vezes em capas de revistas ocidentais.


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