
As autoridades chinesas anunciaram a intenção de aligeirar as restrições impostas às ligações aéreas internacionais desde o início de Março, numa altura em que centenas de milhares de chineses que vivem e trabalham no estrangeiro se queixam de não poder regressar ao país.
No final de Março, o Executivo de Pequim anunciou um corte substancial no volume de voos para o exterior, ao reduzir os voos a um por semana por companhia aérea e por país de destino. Na altura, o novo coronavírus ganhava terreno na Europa e ameaçava outras regiões do planeta e Pequim adoptou medidas drásticas para travar o aumento de casos importado.
Durante o mês de Abril, as ligações aéreas internacionais com origem ou destino na República Popular da China caíram para cerca de um por cento do volume habitual antes da eclosão da epidemia.
As perspectivas mudam, no entanto, já a partir da próxima segunda-feira, com o Executivo de Pequim a permitir um total de 407 voos por semana, face aos 134 actualmente autorizados, anunciou Li Jian, vice-director da Administração de Aviação Civil da China: “Devido à procura, a CAAC considera aumentar razoavelmente o volume de voos, mantendo o controlo da contaminação importada”, afirmou, citado pela agência Xinhua.
O responsável não avançou com mais detalhes, mas na segunda-feira a CAAC emitiu uma circular a autorizar companhias aéreas nacionais e estrangeiras a solicitarem novos voos. O aligeiramento das restrições ocorre numa altura em que milhares de chineses começam a manifestar o desejo de regressar à China, depois de terem ficado retidos no exterior: “Sinto que sofri mais discriminação nos últimos dois meses pelos meus compatriotas do que nos cinco anos em que morei no exterior”, denunciou um usuário na rede social Weibo, o Twitter chinês.
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