Leões alados da Mesopotâmia regressam a Mossul

Duas réplicas de estátuas que representam “Lamassu”, divindade da antiga Mesopotâmia que se assemelhava a um leão alado com cabeça de homem foram reveladas esta quinta-feira em Mossul, a antiga “capital” do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque. As estátuas têm por base os fragmentos das estátuas originais,  descobertos no sítio arqueológico de Nimrod, local que foi destruído por jihadistas.

Os dois leões originais adornavam a sala do trono de Assurnasirpal II, que governou o império assírio no século IX a.C. Um deles esteve exposto no Museu de Mossul, o segundo maior do país, cujos tesouros também foram metodicamente destruídos pelo Estado Islâmico.

Após o avanço da organização terrorista em meados de 2014, o Estado Islânico realizou uma “limpeza cultural” destruindo uma parte considerável dos vestígios arqueológicos da antiga Mesopotâmia, de acordo com a Organizações das Nações Unidas. A organização terrorista vendeu ainda várias peças no mercado negro.

O sítio arqueológico de Nimrod, joia do império assírio, fundado no século XIII a.C, foi completamente devastado. Vídeos gravados aquando da destruição mostravam militantes do Estado Islâmico a destrutir o local com rectro-escavadoras e explosivos ou a saquear os tesouros pré-islâmicos do Museu de Mossul, que continua encerrado ao público.

As réplicas foram criadas a partir da reconstrução em 3D de fragmentos por membros da Fundação Factum Arte e  vão ser exibidas na biblioteca da Universidade de Mossul.

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