Os suspeitos foram presos num operação realizada em meados de Março. Três dos detidos são cidadãos indonésios. Entre os restantes suspeitos está uma mulher, confirmaram esta manhã as autoridades de Kuala Lumpur.
Sete pessoas foram detidas na Malásia por supostas ligações ao grupo extremista Estado Islâmico (EI). Entre os detidos está um homem que ameaçou matar o monarca do país, o primeiro-ministro Mahatir Mohamad e o ministro de Assuntos Religiosos, informou esta quinta-feira a polícia do país.
As detenções tiveram lugar nos estados de Johor, Terengganu, Selangor e Perak, todos na região peninsular do país, no decorrer de uma operação realizada entre os dias 12 e 17 de Março, disse o chefe da polícia, Mohamad Fuzi Harun.
Os detidos são quatro malaios, incluindo uma mulher e três indonésios, acrescentou Fuzi Harun.
Um dos malaios usou sua conta na rede social Facebook para ameaçar matar o sultão de Johor, actual chefe de Estado da Malásia, o primeiro-ministro, Mahathir Mohamad e o ministro de Assuntos Religiosos, Mujahid Yusof Rawa, por estes não governarem o país de acordo com a “Sharia”, leis fundamentadas na religião e baseadas nas escrituras sagradas.
Os outros três malaios foram detidos por terem estabelecido contactos ou enviado dinheiro para militantes do Estado Islâmico na Malásia, na Síria e no Iraque ou ainda por manifestarem a intenção de aderir ao grupo extremista no Médio Oriente.
Dois indonésios admitiram que têm ligações com organizações extremistas no seu país, enquanto um terceiro seguidor do Estado Islâmico admitiu que estava a planear viajar para a Síria, para se juntar à organização.
Cerca de 300 pessoas foram presas na Malásia nos últimos anos pela sua relação com o Estado Islâmico, enquanto uma centena de malaios lutaram nas fileiras do grupo extremista no Iraque e na Síria.
A Malásia tem uma população de quase 30 milhões de habitantes, dos quais 61 por cento se identificam como muçulmanos.
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