Surabaya. Suicidas não evidenciavam sinais de radicalização

Uma família com um nível de vida confortável, que vivia num subúrbio de classe média e mantinha boas relações de vizinhança. Eis o perfil, traçada pelas autoridades indonésias, da família responsável pelos atentados suicidas que no domingo visaram três igrejas de Surabaya. Hoje, uma outra família visou esquadras de polícia da segunda maior cidade indonésia.

A família muçulmana que foi responsável pelos ataques suicidas que no domingo visaram três igrejas da Indonésia, provocando 12 mortos – incluindo as suas duas filhas menores – viviam confortavelmente num subúrbio da classe média e mantinha relações amistosas com um vizinho cristão.

Os ataques bombistas coordenados, seguidos de um outro ataque hoje por outra família contra esquadras da polícia também na segunda maior cidade da Indonésia, Surabaya, motivou um choque entre os indonésios, que considera a maioria muçulmana do país tolerante e diversificada.

Os vizinhos referem que não existiam sinais óbvios de radicalização. Viviam na comunidade residencial de Wonorejo Asri desde 2010 e garantiam um bom rendimento proveniente do negócio do pai, um vendedor de ervas medicinais.

De acordo com a polícia, na manhã de domingo os dois filhos, com 16 e 18 anos, dirigiram um motociclo para o átrio de uma igreja e detonaram os explosivos que transportavam. Puji Kuswati, a mãe, atacou crentes numa outra igreja com as suas filhas, com 9 e 12 anos, e segundo a polícia todas envergavam coletes bomba. O progenitor, Dita Oepriarto, detonou um veículo armadilhado no exterior de uma terceira igreja. Os seis membros da família morreram nos atentados.

O grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelos ataques, que também provocou mais de quatro dezenas de feridos.

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