A edição número 70 do Grande Prémio de Macau sai para a estrada já este sábado. A competição fica, desde logo, marcada pelo regresso das provas internacionais e por seis dias de competição em vez dos habituais quatro.
A septuagésima edição do Grande Prémio de Macau, prova que este ano se divide por dois fins-de-semana e contempla onze corridas, tem no regresso de nomes bem conhecidos do panorama internacional do desporto automóvel a principal nota de destaque.
Ao fim de três anos de ausência, e por um período de três anos, o Circuito da Guia vai voltar a acolher as Taças do Mundo de Fórmula 3 e as Taças do Mundo de GT.
Anunciado em Junho e confirmado numa mensagem de vídeo gravada por Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automóvel, o acordo de três anos foi justificado por Pun Weng Kun, coordenador da Comissão organizadora do Grande Prémio de Macau, com o prestígio que as Taças do Mundo trazem à mais antiga competição automobilística da Ásia Oriental: “Na realidade, ao longo dos anos, a Federação Internacional do Automóvel tem mostrado a sua satisfação e o seu apreço para com o nível da organização do Grande Prémio de Macau. A FIA tem ficado satisfeita e demonstrou por várias vezes que confia em Macau para organizar um evento desta envergadura, até porque Macau tem uma vasta experiência a este nível”, assegura o também presidente do Instituto do Desporto de Macau. “Durante as comunicações e negociações que mantivemos, demonstramos interesse em celebrar um contrato com um prazo mais longo. Chegamos a um consenso em relação à assinatura de um contrato de três anos para melhor preparar as corridas futuras e melhor promover este modalidade”, complementa o presidente do Instituto do Desporto.
No regresso ao traçado citadino do território, a Taça do Mundo de Fórmula 3 vai ser disputada por um pelotão automóvel que integra nomes bem conhecidos nas curvas e contra-curvas da Guia, mas também jovens estrelas em ascenção nas categorias juniores de automobilismo. Richard Verschoor, dos Países Baixos, vencedor da corrida em 2019, regressa para defender o título e volta a conduzir um monolugar de Fórmula 3, depois de ter disputado o campeonato de Fórmula 2 ao longo da última temporada.
De regresso está também Dan Tictum, que se pode tornar no único triplo vencedor na história da taça do Mundo de Fórmula 3. Más há outros pilotos que vão trocar os Fórmula 2 pelos Fórmula 3, para o assalto à Guia. O checo Roman Stanek e os pilotos da Red Bull Junior Team, Zane Maloney e Isack Hadjar estão entre os mais promissores, numa prova que vai voltar a ser disputada pela alemã Sophia Floersch, protagonista de uma aparatoso acidente na curva do Lisboa em 2018.
Na Taça do Mundo de GT, uma das notas de destaque é a estreia, no traçado urbano do território de Jules Gounon. O piloto francês venceu as três últimas edições das 12 horas de Bathurst, as duas derradeiras edições das 24 horas de Spa e triunfou em Janeiro nas 24 horas de Daytona.
Mas há mais. O Circuito da Guia vai receber ainda Thomas Preining, vencedor da última edição do Campeonato Alemão de Carros de Turismo e Sheldon Van der Linde, que venceu a prova em 2022. Preining e Linde terão que se bater com antigos vencedores da corrida, como Laurens Vanthoor, Augusto Farfus Junior, Maro Engel, Raffaelle Marcielo e Eduardo Mortara.
As duas Taças do Mundo da FIA realizam-se no fim-de-semana de 16 a 19 de Novembro, com o formato a incluir duas sessões de treinos livres de quarenta minutos e duas sessões de qualificação para a Fórmula 3, bem como duas sessõs de treinos de trinta minutos, seguidas de uma única qualificação com a mesma duração para os carros GT.
A participação lusófona na edição número setenta do Grande Prémio de Macau está este ano entregue a cinco pilotos locais: o jovem Tiago Rodrigues, André Couto, Jerónimo Badaraco, Filipe Clemente de Souza e o veterano Rui Valente. Pela primeira vez desde a década de 1980 não há, no entanto, nenhum piloto com licença desportiva em Portugal a competir.
Disputada no icónico traçado citadino da Guia, com pouco mais de 6200 metros, a edição número 70 do Grande Prémio de Macau está orçamentada em 260 milhões de patacas. Cada uma das seis operadoras de casinos do território concedeu um patrocínio de 20 milhões de patacas para ajudar a custear a prova.
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