As autoridades de Macau testaram 67 por cento da população do território até às 16 horas desta segunda-feira, na sequência de um novo surto de Covid-19 na comunidade, anunciou a Direcção dos Serviços de Saúde. O organismo contabilizava até ao final da tarde 36 novos casos de infecção pelo SARS-Cov2.
Os pacientes “têm idades compreendidas entre oito meses e 89 anos. Dos 36 casos testados, dez apresentam sintomas (…) e 26 são casos assintomáticos”, explicou o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo Iek Long, numa conferência de imprensa.
Com estas novas infecções confirmadas desde o início da madrugada de domingo, Macau regista 93 casos o início da pandemia. A pandemia de Covid-19 não fez, no entanto, qualquer vítima mortal no território.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus decretou no domingo de madrugada o estado de prevenção imediata, depois de ter dectado 12 casos de covid-19, oito deles assintomáticos. No mesmo dia, o Executivo decidiu avançar para a quarta testagem maciça da população, um procedimento que decorre até ao meio-dia de amanhã . Até às 16 horas desta segunda feira, as autoridades testaram quase 460 mil pessoas nos 53 centros criados para o efeito: “Desde o meio-dia de ontem até às quatro da tarde de hoje foram testadas 459.687 pessoas”, acrescentou Alvis Lo. “Até às quatro da tarde de hoje, já atingimos uma cobertura de 67 por cento da população de Macau”, acrescentou o responsável. Dois dos novos casos de infecção hoje dados a conhecer foram detectados durante os procedimentos.
As autoridades, que admitiram desde o início que esta seria a situação epidémica mais grave vivida no território desde o início da pandemia, aplicaram às primeiras horas de domingo medidas de isolamento em duas zonas da cidade, a Avenida da Praia Grande e a Rua de Manuel de Arriaga.
Menos de quarenta e oito horas depois, ao final da tarde, as autoridades já tinham sido delimitadas oito “zonas de controlo seladas”. Nestas áreas é apenas permitida a entrada de pessoas, sendo a saída está proibida-
A estas áreas acrescem quatro outras zonas– denominadas de “zona de prevenção” – em que não é permitida aos residentes a saída dos edifícios antes de ser efectuado o primeiro de cinco testes de ácido nucleico obrigatórios.
Durante a conferência de imprensa desta tarde, as autoridades ilustraram em detalhe a trajectória de mais de uma dezena de trabalhadores não-residentes de origem birmanesa que contraíram a doença. Os Serviços de Saúde omitiram, porém, as informações relativas aos residentes locais que testaram positivo para a Covid-19.
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