A região rebelde de Luhansk, no leste da Ucrânia, que é apoiada pela Rússia, disse no domingo que tenciona realizar um referendo sobre a adesão à Rússia. A possibilidade levou o Governo de Kiev a tomar posição e a defender que votação não teria base legal e desencadearia uma resposta internacional mais forte.
Três dias antes de ordenar a invasão da Ucrânia a 24 de Fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as regiões rebeldes ucranianas de Luhansk e Donetsk como Estados independentes, embora o resto do mundo as considere parte da Ucrânia.
A Ucrânia, que diz estar a lutar pela sua existência contra o que considera uma apropriação de terras pela Rússia ao estilo imperial, tem afirmado repetidamente que nunca concordará com a anexação de seu território pela Rússia, no que tem sido a parte mais difícil das negociações de paz com Moscovo:
“Acho que num futuro próximo um referendo será realizado no território da república”, disse Leonid Pasechnik, líder da autoproclamada República Popular de Luhansk, de acordo com a imprensa da região.
“O povo exercerá o seu direito constitucional supremo e expressará a sua opinião sobre a adesão à Federação Russa”.
A Ucrânia disse que tal referendo em território ucraniano ocupado não terá base legal e enfrentará uma forte resposta da comunidade internacional, aprofundando o isolamento da Rússia do restante do mundo: “Todos os referendos unilaterais nos territórios temporariamente ocupados são nulos e sem efeito e não terão validade legal”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, em comunicado à Reuters.
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