O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou esta segunda-feira a autoria de um ataque que deixou dois agentes das forças de segurança israelitas mortos no norte de Israel, de acordo com um comunicado divulgado no site de propaganda Amaq.
“Dois membros da polícia judaica morreram e outros ficaram feridos num ataque perpetrado por um comando imersivo”, diz o texto.
Pelo menos dois agentes das forças policiais de Israel morreram e várias pessoas ficaram feridas num ataque registado no domingo na cidade de Hadera, no norte de Israel, no dia em que a região foi palco de uma visita por parte de autoridades árabes e norte-americanas.
Dudu Boani, número dois da polícia desta região, indicou que os mortos eram dois agentes da polícia e que as forças especiais mataram os autores do ataque, cuja identidade ainda é desconhecida: “Dois membros das unidades antiterroristas da Polícia de Fronteira que estavam num restaurante perto do local do ataque saíram e neutralizaram os agressores”, disse uma fonte de segurança israelitas à AFP.
Imagens de câmeras de vigilância da localidade de Hadera, situada entre as cidades de Tel Aviv e Haifa, transmitidas por canais israelitas, mostraram dois homens a disparar com armas automáticas na rua. Um repórter da AFP viu um corpo caído no chão.
Logo após o ataque, as forças de segurança começaram a inspeccionar áreas de Umm al-Fahm, uma cidade árabe a cerca de 20 quilómetros de Hadera, disseram testemunhas.
Em declarações independentes, os movimentos islâmicos palestinianos armados do Hamas e da Jihad Islâmica aplaudiram “a operação heróica de Hadera”, sem, no entanto, reivindicar a responsabilidade pelo ataque.
“Dois israelitas morreram num ataque terrorista”, relatou a Magen David Adom, o equivalente israelita da Cruz Vermelha, indicando que seis pessoas feridas foram hospitalizadas.
Cimeira no Negev
O ataque coincide com a realização de uma cimeira no domingo e na segunda-feira em Israel com os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Egipto, Emirados, Bahrein e Marrocos, numa cidade do deserto de Neguev, no sul do país.
O ministro da Defesa, Benny Gantz, encontrou-se à tarde com o chefe de polícia e o exército, enquanto o primeiro-ministro, Naftali Bennett, que se tinha reunido horas antes em Jerusalém com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, estava a caminho de Hadera, indicou o seu gabinete.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, afirmou que tinha “informado” os participantes da cimeira sobre o ataque na cidade de Hadera: “Todos os ministros dos Negócios Estrangeiros condenaram o ataque e transmitiram as suas condolências às famílias das vítimas”, afirmou.
Quatro pessoas morreram na terça-feira num outro ataque, neste caso com uma faca e um veículo kamikaze, na principal cidade do deserto de Negev.
O agressor foi identificado pelas autoridades como Mohammed Abu Al Kiyan, professor da cidade beduína de Hura, no Negev, que já tinha sido condenado em 2016 a quatro anos de prisão por planear viajar para a Síria para lutar ao lado do grupo jihadista Estado Islâmico e por defender as investidas perpetradas pelo grupo.
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