Cerca de um milhar e meio de pessoas tiveram que abandonar o município de Velas, na ilha açoriana de São Jorge, devido ao aumento da actividade sísmica constante de baixa intensidade que é registada na região desde há uma semana. A informação foi avançada na sexta-feira pelo autarca do município , Luís Silveira.
A Marinha e a Força Área estão a ajudar a coordenar a situação na ilha, que esta sexta vai receber um reforço do destacamento militar.
Cerca de uma centena de pessoas que estavam no centro de saúde de Velas e num lar de idosos já foram evacuadas para o município da Calheta, no outro lado da ilha.
O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, alertou em declarações à imprensa que a chuva prevista para estes dias, em conjunto com a actividade sísmica, pode provocar deslizamentos na ilha.
A Protecção Civil de Velas difundiu uma mensagem à população na qual, “com base na crise sismovulcânica, juntamente com as condições meteorológicas”, proíbe o acesso às fajãs do município e recomenda que os habitantes abandonem a zona.
Além disso, aconselha, “de forma preventiva”, que a população tenha preparado um equipamento de emergência que conte com um rádio portátil, lanterna, pilhas, uma bolsa de higiene e uma de primeiros socorros, água e alimentos enlatados para dois ou três dias, roupa e calçado resistente e um saco impermeável para guardar a documentação.
Os animais também serão transferidos para lugares seguros, segundo a secretaria regional de agricultura e desenvolvimento rural dos Açores.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, para conhecer a situação e as medidas previstas e tomadas na ilha, informou a Presidência.
A ilha de São Jorge, com cerca de 8.500 habitantes e 54 quilómetros de comprimento e 6,9 de largura, faz parte do Grupo Central do arquipélago dos Açores, localizado em águas atlânticas, a mais de 1.600 quilómetros da costa de Portugal continental.
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