Ucrânia. Ofensiva russa já matou mais de dois mil civis

Fotografia: Tina Hartung/Unsplash

Mais de 2.000 civis ucranianos foram mortos desde o início da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a 24 de Fevereiro, disse o Serviço Estatal de Emergência ucraniano (DSNS) esta quarta-feira.

“Durante os sete dias da guerra, a Rússia destruiu centenas de infra-estruturas de transporte, casas, hospitais e creches. Durante esse tempo morreram mais de 2.000 ucranianos, sem contar com os nossos defensores”, disse a entidade no Facebook.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apontou esta quarta-feira que os ucranianos estão há sete noites praticamente sem dormir graças à invasão russa e acusou a Rússia de querer “apagar a história” do país: “Estamos há sete noites praticamente sem dormir ou a dormir mal. Mas vai chegar a altura em que vamos poder dormir. Depois da guerra, depois da vitória”, disse Zelensky numa mensagem aos ucranianos partilhada no Facebook.

Zelensky acusou a Rússia de querer apagar a história do país depois de um ataque com mísseis contra Babi Yar, nos arredores de Kiev, onde os nazis –ressaltou – fuzilaram numa única operação mais de 33.000 judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

“Este ataque demonstra que muitas pessoas na Rússia não conhecem Kiev. Não sabem nada de Kiev, da nossa história. Mas receberam a ordem de apagar a nossa história, apagar o nosso país, apagar-nos a todos nós”, disse.

Zelensky pediu aos judeus de todo o mundo para erguer a sua voz contra a agressão russa: “Talvez não estejam a ver o que está a acontecer?”, perguntou o líder ucraniano, que acrescentou que “o nazismo nasce do silêncio”. “Por isso deve-se gritar sobre o assassinato de civis, sobre o assassinato dos ucranianos”, disse.

O presidente ucraniano voltou a pedir mais apoio para a Ucrânia e destacou que até a neutra Suíça se tenha juntado às sanções contra a Rússia: “Do que é que os outros países estão à espera? A nossa coligação contra a guerra aumentou as suas fileiras com países com os quais Moscovo podia contar há uma semana”, indicou.

“A Rússia não pode vencer a Ucrânia com bombas, ataques e mísseis”, disse.

 

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