O Banco Popular Central decidiu, na sexta-feira, que todas as transacções financeiras com criptomoedas são ilegais, uma nova medida regulatória que visa as transacções efectuadas com o recurso a moedas descentralizadas.
“As actividades comerciais vinculadas a moedas virtuais são actividades financeiras ilegais”, anunciou o Banco Popular da China num comunicado. A entidade justifica a decisão com o facto da criptomoeda “colocar em grave perigo os activos das pessoas”.
A cotação das criptomoedas, incluindo a bitcoin, registou grandes flutuações nos últimos meses. Tal deveu-se, em parte, às regulamentações chinesas, que pretendem prevenir a especulação financeira e a lavagem de dinheiro.
Após o anúncio da medida decretada pelo Governo de Pequim, a bitcoin registou uma queda imediata de 6 por cento. Às 10 horas e 55 minutos GMT a mais valiosa das criptomoedas retrocedia 5,5 por cento, para os 42.256 dólares, de acordo com os dados compilados pela agência Bloomberg.
No comunicado que emitiu esta sexta-feira, a instituição bancária adverte que aqueles que não respeitarem as normas serão “investigados por responsabilidade penal, de acordo com a lei”.
A decisão proíbe todas as atividades financeiras vinculadas às criptomoedas, como o comércio com criptomoedas, a venda de “tokens”, transacções que envolvem derivados de criptomoedas e “arrecadação de fundos ilegais”.
O Banco Central da China afirmou que, nos últimos anos, “o comércio e a especulação com a bitcoin e outras moedas virtuais se alargaram, alterando a ordem económica e financeira, contribuindo para o aumento da lavagem de dinheiro, a arrecadação de fundos ilegais, os esquemas em pirâmide e outras actividades criminosas e ilegais”: “Isto deixava em grave perigo a segurança dos activos das pessoas”, salienta o Banco Popular da China
Embora a criação e a comercialização de criptomoedas sejam ilegais na China desde 2019, as novas medidas anunciadas este ano por Pequim são um repto aos bancos para desacelerar este tipo de transacções e a fechar grande parte da vasta rede de bitcoins que opera na segunda maior economia do planeta.
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