China. O “big brother” chegou aos videojogos

Fotografia: Sigmund/Unsplash

A empresa chinesa Tencent, que domina o mercado dos videojogos no país mais populoso do mundo, vai utilizar tecnologia de reconhecimento facial para impedir que os menores se façam passar por adultos e fiquem a jogar até altas horas da noite.

A empresa anunciou o novo sistema na sua conta da rede social Wechat, e avançou que os jogadores irão receber um aviso de tempo em tempo para serem identificados por reconhecimento facial e verificar que são os adultos donos das contas.

Os utilizadores deverão primeiro fornecer o seu documento de identidade para se registarem e poderem jogar. Se o jogador rejeitar o aviso ou o reconhecimento facial falhar, o sistema vai identificar o utilizador como menor e impedi-lo de continuar a jogar.

Este sistema já é utilizado em mais de 60 videojogos, de acordo com a tecnológica.

A companhia está imersa desde meados de 2020 numa campanha para “impedir que os menores utilizem a identidade dos pais, contornando assim os regulamentos”, de acordo com um comunicado emitido então.

A Tencent adiantou que iria reforçar o uso da tecnologia para resolver estes problemas.

Em 2017, o videojogo “Honour of Kings”, um dos jogos mais populares da empresa, foi criticado no jornal oficial Diário do Povo, que lhe chamou de “droga” e “veneno”.

Desde então, a Tencent tem vindo a reforçar os controlos para evitar que os menores passem demasiado tempo a jogar.

A Tencent é a maior empresa mundial de videojogos do mundo em termos de receitas, conseguindo no primeiro trimestre deste ano 47.770 milhões de renminbi (7,4 mil milhões de dólares), 32 provenientes dos quais provenientes da sua linha de videojogos.

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