A multinacional norte-americana Nike confirmou esta sexta-feira que rompeu o seu vínculo com o futebolista brasileiro Neymar, depois de o jogador do Paris Saint Germain se ter recusado a cooperar na investigação da uma denúncia de uma funcionária da empresa, que assegurou ter sofrido uma agressão sexual por parte do jogador.
A Nike confirmou à agência Efe uma informação publicada na sexta-feira pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, que divulgou que a ruptura do contrato de patrocínio da empresa de material desportivo com a estrela brasileira em Agosto do ano passado se ficou a dever a essa razão.
De acordo com a denúncia, o incidente terá ocorrido em 2016, quando o futebolista estava em Nova Iorque e a funcionária foi ao seu quarto de hotel para coordenar eventos e logística. Neymar alegadamente terá tentado forçá-la a fazer sexo oral, de acordo com o jornal.
A funcionária apresentou uma denúncia em 2018 e explicou o suposto incidente junto dos responsáveis de recursos humanos e gestores de assuntos jurídicos da Nike.
A empresa contratou os serviços de um escritório de advogados em 2019 para conduzir uma investigação sobre a denúncia e decidiu deixar de apresentar Neymar em eventos comerciais durante a duração desse processo. Mas Neymar recusou-se a cooperar com a investigação: “A Nike terminou a sua relação com o desportista porque se recusou a cooperar numa investigação de boa fé sobre alegações credíveis”, disse ao jornal a responsável de assuntos jurídicos da empresa, Hilary Krane.
Uma porta-voz da Neymar rejeitou categoricamente essas alegações ao jornal e que a violação do contrato com a Nike se deveu a razões comerciais.
As duas partes tinham uma relação contratual de longa data, que começou quando o brasileiro tinha 13 anos de idade e já era uma jovem promessa nas escolas do Santos.
O futebolista, de 29 anos, já foi acusado em 2019 de violação por uma modelo brasileira, que alegou ter sido agredida sexualmente num hotel de Paris.
O avançado do Paris Saint-Germain assegurou que se tratou de uma relação consensual, e as autoridades brasileiras, o país onde o caso foi apresentado, acabaram por arquivar o caso.
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