Pelo menos sete alunos morreram esta terça-feira num tiroteio numa escola de Kazan, cidade na região central da Rússia, onde as forças de segurança prenderam um jovem de 19 anos apontado como o atirador.
Outras 20 pessoas – 18 crianças e dois adultos – foram hospitalizadas, informaram as autoridades regionais à AFP: “Seis menores de idade encontram-se em estado grave, na Unidade de Cuidados Intensivos”, disse o porta-voz do governo local, Lazat Jaydarov.
Imagens divulgadas por testemunhas nas redes sociais mostram crianças e adolescentes a pular pelas janelas do edifício de três andares para fugir do tiroteio. Outras imagens mostram pessoas ensanguentadas a receber tratamento médico.
O número de vítimas fatais oscila entre as sete e as 11, de acordo com as fontes. O Comité Nacional Antiterrorista anunciou sete mortes e a autarquia de Kazan mencionou oito óbitos.
Os serviços de emergência, citados pelas agências TASS e Ria Novosti, afirmaram que 11 pessoas morreram – nove alunos – e 32 ficaram feridas: “O agressor foi detido e sua identidade foi estabelecida. É um morador local, nascido em 2001”, afirmou o Comité de Investigação da Rússia num comunicado.
Uma investigação foi iniciada por “assassinato e as autoridades descartam no momento uma motivação de natureza “terrorista”, destaca a nota.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou condolências às famílias das vítimas e ordenou uma revisão às regras de porte de armas no país, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Este é o tiroteio mais grave numa escola da Rússia desde 2018, onde este tipo de tragédia é relativamente raro e onde o controlo de armas é estrito Os incidentes violentos com estudantes, no entanto, aumentaram nos últimos anos.
O detido pelo tiroteio desta terça-feira tem 19 anos, informou Rustam Minnikhanov, presidente de Tatarstão, a república muçulmana russa que tem Kazan como capital: “Ele tinha autorização de porte de arma”, disse Minnikhanov.
O jovem iniciou o ataque às 9H30 locais. O suspeito abriu fogo contra os alunos da escola N° 175, que, segundo informações oficiais, tem 1.049 estudantes e 57 funcionários.
De acordo com as agências Interfax, Ria Novosti e TASS, um segundo criminoso foi morto, mas o Comité Nacional Antiterrorista e as autoridades locais não mencionaram outro suspeito: “Ouvimos uma explosão dentro da escola e vimos sair muito fumo”, disse uma testemunha, citada pela Ria Novosti. “Estava na aula, ouvi uma explosão e depois tiros”, confirma uma professora.
Kazan, cidade com mais de 1,2 milhões de habitantes, fica situada 700 quilómetros a leste de Moscovo.
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