China pedem a membros da ONU que boicotem evento sobre Xinjiang

Fotografia: Simon Sun/Unsplash

A República Popular da China pediu que os Estados-membros da Organização das Nações Unidas não participem de um evento planeado na próxima semana pela Alemanha, pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido sobre a repressão dos muçulmanos Uyghur e de outras minorias em Xinjiang, de acordo com uma nota vista pela agência Reuters na sexta-feira.

“É um evento com motivações políticas”, afirmou a missão da China na ONU na nota, datada de quinta-feira. “Pedimos que a sua missão NÃO participe neste evento anti-China”.

A República Popular da China acusou os organizadores do evento, entre os quais outros países europeus, a Austrália e o Canadá, usam a “questão dos direitos humanos como uma ferramenta política para interferir nos assuntos internos da República Popular da China, como Xinjiang, para criar divisões e turbulência e perturbar o desenvolvimento da China”.

“São obcecados em provocar confrontos com a China”, disse a nota, acrescentando que o “evento provocativo pode levar apenas a mais conflitos”.

A missão chinesa na Organização das Nações Unidas confirmou a nota e a oposição da China ao evento.

Os embaixadores dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido estão na agenda para falar no evento virtual da ONU na quarta-feira, ao lado do director-executivo da Human Rights Watch, Ken Roth, e a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnés Callamard.

O objectivo do evento é discutir “como o sistema da ONU, os Estados-membros e a sociedade civil podem apoiar e defender os direitos humanos de membros de comunidade turcomena em Xinjiang”, segundo o convite.

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