Coreia do Sul. Pacientes assintomáticos na origem de novo surto

Pacientes assintomáticos terão impulsionado um aumento exponencial do número de novos de Covid-19 na Coreia do Sul, frustrando os esforços de controlo da transmissão no país, que conseguiu reduzir os focos de infecção em surtos anteriores.

A Coreia do Sul relatou 569 casos novos nas 24 horas encerradas à meia-noite de quinta-feira, um nível que não era visto há quase nove meses, numa altura em que as autoridades de Seul estão a braços com a terceira onda da pandemia. A doença parece estar a agravar-se, apesar das novas medidas de distanciamento social que estão a ser promovidas-

Num contexto em que os jovens estão no cerne dos aumentos verificados ao longo dos últimos dias, as autoridades de saúde sul-coreanas estimam que, actualmente, os pacientes assintomáticos representem 40 por cento do total de infecções, um aumento acentuado em relação aos 20 a 30 por cento registados em Junho.

Em comparação, os mais recentes dados indicam que cerca de uma em cada cinco pessoas infectadas em geral não terá sintomas.

A taxa é muito menor na República Popular da China, onde o centro estatal de controle de doenças disse em Fevereiro que cerca de um por cento dos mais de 70 mil casos que analisou foram assintomáticos. Em Tóquio, cerca de 19 por cento dos pacientes são assintomáticos.

Não está claro por que razão alguns pacientes que são diagnosticados com o vírus não desenvolvem qualquer sintoma, mas autoridades de saúde acreditam que eles representam um risco de transmissão menor. O problema é que as pessoas que eles infectam podem exibir sintomas.

As autoridades também estão preocupadas com um aumento de focos irrastreáveis, já que estas infecções assintomáticas são mais difíceis de identificar.

O clima frio está a acelerar ainda mais a disseminação, já que mais reuniões e actividades são realizadas em locais fechados com pouca ventilação, e o risco de transmissão involuntária por parte de pacientes sem sintomas aumentou.

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