Nove anos depois de ter cortado o valor dos prémios por razões financeiras, a Fundação Nobel anunciou na quinta-feira a intenção de aumentar em 1 milhão de coroas suecas (cerca de 111 mil dólares norte-americanos) o cheque para os laureados.
“O trabalho realizado nos últimos anos para fortalecer a situação financeira da Fundação Nobel permitiu aumentar o valor que acompanha a distinção”, explicou a entidade num comunicado.
Para os vencedores de 2020, nomes que serão anunciados entre 5 e 12 de Outubro, o cheque que acompanhará o prémio agora atribuído será de dez milhões de coroas, patamar que tinha sido eliminado há dez anos.
Em 2011, a Fundação, que administra os bens do inventor e criador sueco dos prémios Alfred Nobel, teve de reduzir o montante financeiro de 10 para 8 milhões de coroas suecas. Em 2017, a instituição já tinha conseguido recuperar cerca de nove milhões de coroas suecas.
Quando vários premiados compartilham um prémio (Medicina, Física, Química, Literatura, Paz, ou Economia), também compartilham a soma financeira atribuída.
Inventor da dinamite em 1866, criação que o tornou rico, Alfred Nobel deu a maior parte da sua fortuna a prémios com o seu nome num testamento redigido em Paris, em 1895.
Naquela época, a soma era de 31,5 milhões de coroas, o equivalente a 2,2 mil milhões de coroas na actualidade. Os ganhadores do Nobel de 2020, embora tenham melhores condições financeiras, sofrem os efeitos da pandemia do coronavírus.
Pela primeira vez desde 1944, a cerimónia de atribuição dos prémios é cancelada e substituída por uma cerimónia transmitida pela televisão. Os candidatos deverão receber os prémios no seu país de residência. Uma cerimónia ainda está marcada em Oslo para o Prémio da Paz, ainda que reduzida ao mínimo.
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