As autoridades da República Popular da China procederam, esta quinta-feira, à detenção de pelo menos uma dezena de pessoas que tentavam abandonar a vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kog numa lancha que tinha alegadamente como destino Taiwan. Entre os detidos está alegadamente o activista Andy Li.
Li foi preso no início de Agosto, em conjunto com nove outras pessoas, ao abrigo da controversa lei da segurança nacional, imposta pelas autoridades chinesas na antiga colónia britânica. O activista foi, na altura, acusado de conluio com forças estrangeiras e encontrava-se em liberdade sob fiança.
A detenção de Li quando supostamente se preparava para abandonar Hong Kong não foi confirmada pelas autoridades do território vizinho, mas, numa mensagem difundida nas redes sociais pela guarda costeira chinesa, as autoridades as autoridades do continente detalharam que as detenções ocorreram no domingo, quando o barco foi intercpetado na costa da província de Guangdong, no sul do país. A bordo seguiam duas pessoas que foram identificadas pelos sobrenomes Li e Tang, explicaram as autoridades chinesas. Não é claro quais são as acusações que enfrentam: “Estamos cientes destas informações. Por enquanto, não temos nenhuma informação das autoridades relevantes do continente”, disse na quinta-feira o comissário da polícia de Hong Kong, Chris Tang, numa conferência de imprensa.
Os passageiros que se encontravam a bordo da embarcação interceptada estariam a caminho de Taiwan, e pelo menos uma outra pessoa já teria estado presa por acusações relacionadas com os protestos anti-governamentais do ano passado, escreveu o South China Morning Post.
Em Julho, Taiwan criou um gabinete para ajudar os residentes de Hong Kong que desejam emigrar para a ilha e recebeu mais de um milhar de pedidos logo no primeiro mês.
A lei de segurança nacional, que entrou em vigor a 30 de Junho, criminaliza a subversão, a secessão, o terrorismo e o conluio com forças estrangeiras.
A pena máxima é a prisão perpétua.
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