China. Museu projectado por Siza Vieira abre em Novembro

O primeiro museu da República Popular da China dedicado à educação artística deve abrir ao público em Novembro. As instalações, situadas na província de Zhejiang, foram concebidas pelo arquitecto português Álvaro Siza Vieira.

No domingo, as autoridades da cidade continental de Ningbo anunciaram que a empreitada de construção do Museu de Educação Artística Huamao foram dadas como concluído. As novas instalações museológicas ficam situadas no bairro de Yinzhou, junto ao lago Dongqian e ocupam uma área de mais de seis mil metros quadrados. A informação foi avançada pelo Departamento de Informação do Comité Distrital de Yinzhou, do Partido Comunista Chinês.

O organismo sublinha, em comunicado,  que, em vez de escadas, o edifício, que tem uma altura de 25 metros, dispõe apenas de uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do edifício.

O Museu, um projeto do grupo privado chinês Huamao Group, deverá dispor de uma área interactiva onde os visitantes podem enveredar por experiências tão diversas como produzir as próprias esculturas, imprimir obras de arte a três dimensões ou copiar pinturas famosas.

O grupo Huamao já investiu mais de 2,5 mil milhões de yuan no projeto. Para além do Museu, o complexo inclui um hotel, um centro de conferências e 22 estúdios para artistas. Cinco foram também concebidos por Álvaro Siza Vieira.

O presidente do grupo, Xu Wanmao, explica no comunicado que decidiu convidar Álvaro Siza Vieira para liderar o projecto após visitar o Museu de Arte Contemporânea, obra que o arquitecto concebeu para a Fundação Serralves, no Porto.

A primeira obra de Siza Vieira em território chinês foi um edifício de escritórios, desenhado em parceria com o arquiteto Carlos Castanheira. A imóvel foi inaugurado em Agosto de 2014, no leste do país. Na altura, foi anunciada também a adjudicação do projecto do museu ao veterano arquitecto português.

O nome de Álvaro Siza Vieira esteve também associado a uma putativa intervenção em Macau, a da polémica remodelação do hotel Estoril, no Tap Seac, mas o Governo de Macau acabou por anunciar posteriormente que o projecto seria conduzido por arquitectos locais.

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