A startup israelita Redefine Meat planeia lançar impressoras 3D para produzir bifes à base de plantas já no próximo ano, numa tentativa de capturar uma fatia do mercado em rápido crescimento, a das alternativas à carne.
Os substitutos da carne são cada vez mais populares entre os consumidores preocupados com o bem-estar animal e o meio ambiente, aumentando as vendas da Beyond Meat, Impossible Foods ou mesmo da Nestlé.
A Redefine Meat, com sede em Rehovot, ao sul de Tel Aviv, vai testar o seu “Alt-Steak” em restaurantes de luxo este ano, antes de lançar as suas impressoras 3D em escala industrial para distribuidores de carne em 2021.
“Será necessária uma impressora 3D para imitar a estrutura dos músculos do animal”, disse o director executivo da empresa, Eshchar Ben-Shitrit, à Reuters.
As máquinas poderão imprimir 20 quilos por hora e, eventualmente, centenas, a um custo menor do que a carne verdadeira.
Fundada em 2018, a empresa captou 6 milhões de dólares em investimento no ano passado numa acção de angariação de capitais liderada pela CPT Capital, investidora da Beyond Meat e da Impossible Foods. A Hanaco Venture Capital e o grupo alemão de aves PHW também investiram na empresa israelita.
“O mercado está definitivamente a aguardar uma inovação em termos de melhoria da textura”, disse Stacy Pyett, que gere o programa Proteins for Life na Wageningen University & Research, da Holanda.
A investigadora considera que a impressão 3D é uma tecnologia que compete para melhorar a textura da carne alternativa, mas “ter novas tecnologias não necessariamente resolve o problema do sabor”.
As vendas de alternativas à carne podem atingir 140 mil milhões de dólares até 2029, cerca de dez por cento do mercado mundial de carne, de acordo com o Barclays.
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