O Governo quer construir um túnel subaquático no traçado do metro ligeiro até à vizinha ilha chinesa de Hengqin para se ligar, no futuro, à rede ferroviária de alta velocidade chinesa, disse esta terça-feira o chefe do Governo.
Ho Iat Seng afirmou aos deputados na Assembleia Legislativa (AL) que serão realizadas diligências ainda este ano sobre a Linha Leste do metro ligeiro, de forma a assegurar o início das obras da Linha Seac Pai Van e da Linha de Hengqin.
O governante anunciou que se planeia também construir uma ligação subterrânea que vai garantir o acesso entre o Aeroporto Internacional de Macau, na ilha da Taipa, a uma das fronteiras na península do território com a cidade vizinha de Zhuhai, as Portas do Cerco, uma solução de traçado que, a concretizar-se, vai aumentar os custos da obra, admitiu. Um ponto importante para o novo Governo de Macau, já que a obra do metro ligeiro sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução.
A primeira linha, prometida há mais de uma década, serve a ilha da Taipa desde Dezembro, tem 11 estações e custou 10,2 mil milhões de patacas (1,18 mil milhões de euros).
A consulta pública sobre a Linha Leste do metro ligeiro é um dos trabalhos prioritários das Linhas de Acção Governativa (LAG) deste ano, segundo o Governo.
O Governo prevê construir mais duas linhas, a da península de Macau e a de Coloane, mas ainda não divulgou os planos de construção.
A extensão do metro até à Barra, no sul da península de Macau, deverá estar pronta até 2023, com a ligação feita no piso inferior da ponte Sai Van.
Na inauguração da primeira linha, o secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raimundo do Rosário, já tinha afirmado que se estava a trabalhar numa nova linha para o complexo de habitação pública de Seac Pai Van, em Coloane, e na ligação com os comboios de alta velocidade em Hengqin.
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