Delegação chinesa viaja para Washington para assinar acordo comercial

Uma delegação da República Popular da China viaja para Washington na próxima semana para assinar a “primeira fase” de um acordo que tem por objectivo colocar um ponto final nas disputas comerciais entre a Pequim e os Estados Unidos da América, noticiou esta segunda-feira o South China Morning Post.

De acordo com o diário em língua inglesa, a comitiva chinesa será liderada pelo vice-primeiro-ministro Liu He e deverá permanecer em Washington entre os dias 13 e 16 de Janeiro.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, anunciou anteriormente que um acordo “muito abrangente” seria assinado no dia 15 de Janeiro, na Casa Branca, com a presença de altos funcionários de Pequim, mas sem o homólogo chinês, Xi Jinping.

“Assinarei a fase muito abrangente do acordo comercial com a China em 15 de Janeiro. A cerimónia vai realizar-se na Casa Branca. Representantes de alto nível da República Popular da China estarão presentes”, anunciou Donald Trump, através da rede social Twitter.

Donald Trump disse ainda que “numa data posterior”, deverá viajar até Pequim, “onde as negociações para a segunda fase do acordo começarão”.

Após quase 18 meses de guerra comercial, com os governos dos dois países a impor taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados, os dois lados anunciaram, em Dezembro passado, que alcançaram um acordo parcial que inclui a retirada progressiva de taxas e o aumento das importações de produtos norte-americanos por parte da República Popular da China.

O vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, confirmou que a primeira fase do pacto inclui questões sobre transferência de tecnologia, propriedade intelectual, expansão das trocas comerciais e estabelecimento de mecanismos de resolução de disputas.

Os Estados Unidos da América vão, no entanto, manter taxas alfandegárias adicionais de 25 por cento sobre 250.000 milhões de dólares (quase 225.000 milhões de euros) de bens importados da China e de 7,5 por cento sobre mais 120.000 milhões de dólares (quase 110 mil milhões de euros).

As tensões comerciais entre as duas principais economias mundiais tiveram já graves consequências para a economia mundial.

Nas últimas previsões para a economia mundial, publicadas em Outubro passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as perspetivas de crescimento, para este ano, para três por cento, dois décimos a menos que a previsão feita em Julho, face ao agravar da disputa comercial.

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