
A Chefe do Executivo da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, Carrie Lam, convocou esta tarde a imprensa para pedir publicamente desculpa pela forma como geriu a crise política em torno da proposta de lei da extradição. A governante não cedeu, no entanto, às pretensões dos manifestantes e não fez qualquer alusão, no seu discurso, à eventual decisão de abdicar da discussão das alterações legislativas.
Carrie Lam assumiu responsabilidade pessoal pela inquietação que o diploma suscitou no seio da sociedade civil de Hong Kong e endereçou “um sincero pedido de desculpas” à população da cantiga colónia britânica.
Apesar de não ter anunciado, como se esperava, que o Governo abre mão da proposta de Lei, Carrie Lam considerou que o anúncio, feito no sábado, de suspender a discussão do diploma significa que a proposta foi, na prática, arquivada.
No sábado, a Chefe do Executivo de Hong Kong anunciou a decisão de suspender por tempo indeterminado a discussão da proposta, mas a medida não demoveu a população da RAEHK, que no domingo saiu à rua em número recorde.
Lam emitiu um pedido de desculpas na noite de domingo, mas o pedido foi recusado pela população da antiga colónia britânica, que acusa a governante de falta de sinceridade. Os que contestam a Chefe do Executivo pediram que o Governo retire a proposta e pediram a demissão da líder do Governo.
Esta tarde, Carrie Lam explicou que é pouco provável que a proposta de lei da extradição seja discutida pelo Conselho Legislativo até ao final da corrente legislatura, em Julho do próximo ano, o que significa que a validade do diploma se deve esgotar. A chefe do Executivo da antiga colónia britânica assegurou, por outro lado, na conferência de imprensa desta tarde que tanto ela, como a equipa governativa que lidera tencionam manter-se em funções pelos próximos três anos.
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