
A República Popular da China conduziu esta quarta-feira pela primeira vez o lançamento de um foguete espacial a partir do mar. Com o lançamento, Pequim reafirmou a objectivo de colocar em órbita satélites comerciais através de meios próprios.
O foguetão, denominado Longa Marcha 11, foi lançado às 12H06 a partir de uma plataforma no Mar Amarelo, entre a República Popular da China e a península coreana, informou a agência espacial chinesa (CNSA).
O aparelho transportava sete satélites, dois experimentais e cinco comerciais, que foram colocados em órbita: “Tratou-se da primeira tentativa conduzida pela China de lançar um foguetão a partir do mar. Este lançamento vai satisfazer de uma forma mais eficaz as diferentes necessidades do país no que ao lançamento de satélites diz respeito”, explicou a CNSA.
O uso de uma plataforma flutuante tem várias vantagens, pois permite aproximar o foguete do Equador, onde o impacto da rotação da terra é maior. Por outro lado, permite também lançar uma carga mais pesada, uma vez que o impulso também é maior.
Por outro lado, os lançamentos a partir de alto-mar permitem evitar eventuais acidentes por estarem longe das áreas habitadas.
De acordo com a CNSA, o transporte de um foguetão de um porto chinês para uma plataforma demora apenas uma semana.
A China não é o primeiro país a efectuar lançamentos a partir de alto-mar. A empresa Sea Launch, agora de capital russo, lançou vários entre 1999 e 2014.
O anúncio do lançamento marca uma nova etapa para a República Popular da China no duelo com os Estados Unidos, a Rússia e a Europa no sector espacial.
A República Popular da China investiu milhares de milhões de dólares no seu programa espacial, liderado pelo exército. Pequim já colocou vários satélites em órbita por conta própria ou para outros países.
No início deste ano, a China tornou-se a primeira nação do mundo a fazer pousar uma sonda no lado oculto da Lua e, dentro de dez anos, espera enviar uma missão tripulada ao satélite natural da Terra.
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