
A criminalidade no território caiu 5,2 por cento entre Janeiro e Março, mas os crimes violentos e os delitos relacionados com a indústria do jogo aumentaram. O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak , apresentou esta quinta-feira os números relativos às ocorrências criminais no primeiro trimestre do corrente ano.
Nos três primeiros meses do ano, as forças de segurança conduziram 3.364 investigações, menos 5,2 por cento do que em igual período de 2018. Em contrapartida, registaram-se entre Janeiro e Março 157 crimes violentos, mais 12 do que no ano anterior, indicou o secretário para a Segurança numa conferência de imprensa conduzida esta quinta-feira no quartel de São Francisco.
O governante destacou o aumento do número de sequestros, mais 34,4 por cento em termos anuais homólogos. Dos 82 casos registados este ano, apenas um “não teve origem na prática do crime de usura”, delito “relacionado sempre com o jogo”, sustentou o Governante.
No total, foram instaurados naquele período 428 processos por crimes relacionados com o jogo, uma subida de 14,1 por cento face aos 384 registados no mesmo período de 2018.
Ainda assim, Wong Sio Chak elogiou o esforço das autoridades no combate a este tipo de crimes. O secretário para a Segurança explicou que foram desmantelados vários grupos criminosos no primeiro trimestre.
Desde o início do ano e até Março, registou-se um homicídio, dez casos de violação e duas ofensas grave à integridade física. Ainda assim, o secretário afirmou que o “ambiente de segurança” se manteve “estável e favorável” nos três primeiros meses do ano.
Para Wong Sio Chak, o “aumento de casos de criminalidade grave e violenta” não foi susceptível de “influenciar a estabilidade de Macau” e o “desenvolvimento do sector do jogo não trouxe, até agora, consequências negativas para a segurança” do território.
No balanço da criminalidade do primeiro trimestre, o governante indicou também que os crimes contra o património desceram, em geral, enquanto as burlas continuaram a aumentar.
Em alta manteve-se o número de imigrante ilegais, que subiu de 197 para 222, na sua maioria provenientes da República Popular da China. Por outro lado, caiu o número de imigrantes ilegais e/ou pessoas em excesso de permanência: dos 7.259 para 6.773.
Por último, o secretária para a Segurança garantiu que o seu gabinete vai continuar a “reprimir a criminalidade” e a “reforçar os trabalhos”, neste que é um ano de “várias actividades comemorativas e festividades”.
Em 2019, celebra-se o 70.ª aniversário da República Popular da China, os 20 anos do “regresso de Macau à Pátria”, depois da transferência da administração portuguesa, e ainda e eleição do novo chefe do Executivo.
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