FMI aplaude avanços de Pequim face à dívida das economias emergentes

A directora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde, saudou esta terça-feira os avanços da República Popular da China quanto à sustentabilidade da dívida. O presidente chinês, Xi Jinping, assumiu o compromisso de uma maior “transparência” nos empréstimos aos países emergentes.

“O processo em que a República Popular da China se aproxima dos princípios de sustentabilidade da dívida deve ser saudado”, disse Christine Lagarde, citada pela Agência France Press, no Fórum de Paris. A iniciativa é este ano dedicada ao crescente endividamento dos países em desenvolvimento.

A directora geral do Fundo Monetário Internacional precisou depois, em conferência de imprensa, que Pequim tinha tomado essa decisão “no seguimento de longas discussões” tidas entre a instituição sediada em Washington e “as autoridades chinesas, o Ministério das Finanças e o Banco Central” chinês: “Reafirmamos o nosso apoio aos princípios de transparência e de informação sobre a dívida”, acrescentou a responsável, reagindo às propostas do presidente chinês durante a recente cimeira do projeto Nova Rota da Seda, que decorreu em Pequim e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Xi Jinping tentou então responder aos críticos da sua iniciativa da Nova Rotas da Seda, acusada de ser uma “armadilha da dívida” para os países pobres: “Tudo deve ser feito de maneira transparente e devemos ter tolerância zero com a corrupção”, disse então o presidente chinês.

A questão da dívida dos países ligados a Pequim é uma das críticas frequentes ao projecto da Nova Rota da Seda, lançado por Xi.

Por exemplo, o Sri Lanka, incapaz de honrar os seus compromissos com a China, cedeu a Pequim o controlo do porto de águas profundas de Habantota por 99 anos.

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