MGM China suspende espectáculo e rescinde com trabalhadores

Em causa está “Destiny”, um dos dois espectáculos permanentes com que a concessionária se propunha enriquecer a oferta de componentes não-jogo no MGM Cotai. O prego no caixão da produção terá sido um espectáculo de antevisão, organizado para Pansy Ho a 15 de Setembro. A decisão custou o emprego a cerca de meia centena de funcionários.

A operadora de jogo de capitais norte-americanos MGM China comunicou na terça-feira aos trabalhadores responsáveis pela produção de “Destiny” a decisão de suspender o espectáculo “a título indefinido” e a intenção de avançar para a recisão do contrato de quase meia centena de funcionários, apurou o Expediente Sínico junto de dois dois visados pela medida.

A decisão afecta artistas, técnicos de guarda-roupa, operadores de câmara, directores artísticos e maquilhadores, entre outros profissionais. A concessionária de jogo, que opera no território os casinos MGM e MGM Cotai, justificou a decisão com o facto do espectáculo “não estar à altura das expectativas geradas” e transmitiu aos funcionários envolvidos na produção de “Destiny” a decisão de suspender o espectáculo com o objectivo de “estudar propostas que o possam enriquecer”, apurou o Expediente Sínico.

A decisão de rescindir o contrato com os profissionais envolvidos na produção do certame ocorre numa altura em que grande parte dos trabalhadores ainda tinham mais de oito meses de contrato com a operadora de jogo, depois de terem assinado um protocolo válido por dois anos, até Junho de 2019.

Apresentado no início do ano num comunicado de imprensa da empresa como sendo um espectáculo “electrificante” e “carregado de acção”, a produção bebia inspiração em conscursos televisivos e em jogos de vídeo com uma forte componente de aventura. A estreia de “Destiny” chegou a estar agendada para Setembro, mas o espectáculo de antevisão a que Pansy Ho, Co-Presidente e Directora Executiva da MGM China, assistiu a 15 de Setembro terá determinado o fim da produção, de acordo com uma das fontes contactadas pelo Expediente Sínico: “O espectáculo talvez não fosse suficientemente entretenedor, apesar de todos que lá trabalhavam se terem esforçado para colocarem de pé um bom espectáculo. Oficialmente o espectáculo foi apenas suspenso indefenidamente”, explicou.

Os espectáculos “Destiny” e “The Experience” eram as duas grandes apostas de entretenimento com que a MGM China se propunha enriquecer a oferta de elementos não-jogo no hotel-casino MGM Cotai, ao mesmo tempo que procurava capitalizar o sucesso de produções como “The House of Dancing Water”, da rival Melco Resorts and Entertainment.

Com o fim de “Destiny”, a sala de espectáculos do MGM Cotai, construída de raíz por uma empresa canadiana especializada no planeamento e concepção de espaços da índole, deve ser votado a outros usos, disse uma das fontes contactadas pelo Expediente Sínico: “O Teatro vai ser direccionado para outros usos e receber espectáculos e eventos corporativos”, adiantou .

O Expediente Sínico tentou obter, ainda que sem sucesso, uma reacção da concessionária de jogo liderada por Pansy Ho.

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