A China lançou esta segunda-feira um satélite de retransmissão para assegurar a comunicação com a sonda Chang’e 4. O módulo lunar – semelhante aos rovers norte-americanos que pousaram na superfície de Marte – deverá ser lançado em breve com a missão de explorar o lado oculto da Lua.
As autoridades chinesas lançaram às primeiras horas da manhã de hoje o satélite “Queqiao”, um aparelho de rastreamento e retransmissão que tem como função estabelecer a comunicação entre a Terra e a sonda lunar Chang’e 4.
Com o lançamento do Queqiao, as autoridades chinesas ultimaram o trabalho de preparação da missão de exploração que se propõem conduzir a partir desta semana e que tem como alvo a chamada face oculta da Lua, a parte da superfície lunar que não é visível a partir da Terra.
O satélite foi esta manhã colocado em órbita a bordo de um foguetão Longa Marcha 4-C, lançado a partir da Base de Lançamento de Satélites de Xichang, na província continental de Sichuan.
Além do satélite de retransmissão, o Longa Marcha 4-C ainda transportou dois satélites de observação astronómica, o Longjiang I e o Longjiang II.
Se a missão de exploração lunar for bem sucedida, a China dá um passo decisivo para assumir a liderança no âmbito do processo de exploração espacial. Ao longo da última década, a China já realizou três missões lunares, mas não fez mais do que replicar feitos já alcançados pelos Estados Unidos da América e pela antiga União Soviética.
Pequim prepara-se agora para dar um passo em frente, com um lançamento de um módulo lunar muito similar aos rovers norte-americanos que exploraram a superfície de Marte. O módulo levará consigo um pequeno ecossistema: um cilindro lacrado, com 16 centímetros de diâmetro, que contém sementes de batata e larvas de insctos. O ecossistema em questão vai ser monitorizado à distância por cientistas chineses, que vão procurar perceber de que forma se desenvolvem as plantas e os insectos na superfície lunar.
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