Hato: Conclusões de relatório encomendado a Pequim conhecidas este mês

Até ao final do mês, o Executivo deve dar a conhecer as conclusões do estudo encomendado a três instituições da República Popular da China. A novidade foi esta semana avançada à margem de um encontro entre o Chefe do Executivo, Chui Sai On, e a Comissão para a Redução de Desastres do Continente.

O Governo quer tornar públicas até ao final do presente mês as conclusões do relatório de avaliação dos danos causados pelo tufão Hato. O documento abrange também propostas que têm como grande propósito a melhoria do sistema de gestão de emergências.

O tufão Hato – o pior a atingir Macau em mais de 50 anos – causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em mais de 12 mil milhões de patacas.

O chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, esteve reunido com representantes da Comissão Para a Redução de Desastres (CNRD) da República Popular da China e vários especialistas para rever a versão final do “relatório geral de avaliação sobre os danos causados pelo tufão Hato”, bem como para analisar propostas relativas ” à optimização do sistema de gestão de emergências”, de acordo com um comunicado emitido pelo Executivo
O sub-director da CNRD, Shan Chunchang, sublinhou que a Comissão para a Revisão, Acompanhamento e Aperfeiçoamento do Mecanismo de Resposta a Catástrofes da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) encarregou a elaboração daquele relatório a um painel de especialistas de três instituições: Universidade Tsinghua, Universidade de Tecnologia do Norte da China e ao Ministério de Assuntos Civis da República Popular da China.
A versão já conhecida do documento sugere que o Governo da RAEM deve aperfeiçoar o sistema de gestão de emergências local, incluindo o sistema e mecanismo de resposta a emergências, prevenção, redução de desastres e salvamento. O Executivo deve ainda reforçar os trabalhos de socorro e salvamento e aumentar a capacidade de prevenção e redução de desastres nas principais infra-estruturas da cidade, de acordo com a mesma nota de imprensa.
No documento é também dado destaque à integração “do conceito de segurança no desenvolvimento de uma ‘cidade inteligente’, a criação de uma plataforma de comando de acções de segurança pública e de resposta a emergências, construção de abrigos e áreas para o acolhimento de vítimas, desenvolvimento de uma base para a educação e sensibilização sobre segurança pública, constituição de uma base de formação de equipas especializadas de salvamento, construção de obras de drenagem para prevenir cheias (causadas pelas marés) na marginal do Porto Interior, entre outras”.
O comunicado, emitido pelo Gabinete do Chefe do Executivo indicou que as autoridades de Macau iniciaram uma análise detalhada das recomendações, depois de ter recebido o relatório, para escolher “um grupo de iniciativas prioritárias”, a aplicar ainda este ano.
O Governo da RAEM vai dar continuidade à colaboração com Shan Chunchang e o painel de especialistas, para definir o “Plano decenal para prevenção e redução de desastres em Macau (2019-2028)”.
Durante o encontro, e de acordo com a nota de imprensa, Fernando Chui Sai On afirmou que o relatório “analisa os problemas actuais de Macau”, “os esforços necessários e o caminho a seguir”, alertando para “a necessidade de reforçar a capacidade de adaptação às mudanças, para aperfeiçoar os mecanismos de resposta a crises”.
“O mais importante é garantir a vida, a segurança e o património dos residentes, em primeiro lugar. E com um maior investimento de recursos e a adoção de medidas de curto, médio e longo prazo, será possível estabelecer um mecanismo eficiente de prevenção e redução de desastres”, afirmou Chui Sai On, citado no comunicado.
O tufão Hato – o pior a atingir Macau em mais de 50 anos – causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em mais de 12 mil milhões de patacas.

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