Importante templo tibetano parcialmente destruído por incêndio

O templo de Jokhang, no centro histórico da capital tibetana, foi parcialmente destruído pelas chamas no sábado. Construído no século VII, o espaço religioso foi classificado como Património da Humanidade pela UNESCO.

Um dos locais mais reverenciados do turismo tibetano foi no sábado parcialmente destruído por um incêndio, noticiaram no fim-de-semana os meios de comunicação social da República Popular da China. O incêndio no templo de Jokhang, no coração do centro histórico de Lhassa, foi rapidamente dominado e as chamas não terão causado quaisquer feridos, mas a extensão dos danos ainda não é totalmente conhecida, escreve a agência France Press.

Património da Humanidade, o templo de Jokhang foi parcialmente destruído por um incêndio no sábado passado.

Datado do século VII, o mosteiro fica situado numa zona da capital tibetana que foi classificada pela UNESCO como património da humanidade. Um alto responsável do Partido Comunista no Tibete, Wu Yingjie, deslocou-se de imediato ao local para tomar o pulso à situação, informa por sua vez a agência Xinhua.

Fotografias publicadas pela comunicação social chinesa mostram parte do telhado do mosteiro em chamas, assim como uma grande nuvem de fumo.

No Twitter, rede social bloqueada na República Popular da China, grupos de tibetanos radicados no estrangeiro afirmam que as publicações relativas ao fogo foram rapidamente censuradas.

Fontes em Lhassa indicaram que a “polícia ameaçou todos os que fizessem circular imagens ou informações não oficiais sobre o incêndio”, escreveu no Twitter Robert Barnett, um especialista em assuntos do Tibete radicado em Londres.

O incêndio ocorreu quando os tibetanos celebravam o “Losar”, o equivalente tibetano ao Ano Novo Lunar, pelo que o mosteiro foi encerrado ao público no sábado.

Pequim, que assumiu o controlo do Tibete em 1950, é frequentemente acusada de manter uma política para erradicar a cultura tibetana, fundamentada numa interpretação ortodoxa do budismo.

As autoridades chinesas garantem, no entanto, que levaram melhores condições de vida a uma região que viveu durante séculos sob a influência de uma teocracia de natureza feudal.

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