
Mais de duas centenas e meia de estabelecimentos de ensino permaneceram na quinta-feira de portas fechadas em Banguecoque devido à poluição do ar, anunciaram as autoridades da capital tailandesa. O executivo metropolitano pediu ainda aos residentes da cidade que trabalhassem a partir de casa e procurou limitar o tráfego de veículos pesados na capital tailandesa.
A poluição atmosférica é um fenómenos habitual na Tailândia e em outros países do Sudeste Asiático nesta época do ano, quando o fumo resultante da queima de restolho agrícola se mistura com os gases emitidos por automóveis e fábricas.
Banguecoque ocupava o sexto lugar no índice das cidades mais poluídas do mundo na manhã de quinta-feira pelo serviço de monitorização IQAir.
Os níveis de partículas PM 2,5 – micropartículas cancerígenas que podem entrar no sangue através dos pulmões – atingiram 122 microgramas por metro cúbico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a exposição média ao longo de 24 horas não exceda as 15 microgramas.
O cenário levou ao encerramento de 194 das 437 escolas sob a responsabilidade da Autoridade Metropolitana de Banguecoque, numa decisão que afectou desde jardins de infância até estabelecimentos de ensino secundário.
De um mesmo modo, 58 das 156 escolas sob a tutela do Gabinete de Educação Básica, uma agência sob a égide do governo central tailandês, também fecharam portas, disseram as autoridades.
No início da semana, as autoridades pediram que as pessoas se voluntariassem para trabalhar a partir de casa, mas apenas 100.000 participantes se inscreveram, numa cidade com cerca de 10 milhões de habitantes.
A Autoridade Metropolitana também restringiu o acesso a camiões de seis rodas em algumas partes da capital até ao início da noite desta sexta-feira.
O governo tailandês anunciou incentivos para conter a queima de restos agrícolas e está a testar um novo método para combater a poluição atmosférica pulverizando água fria ou gelo seco no ar, mas com pouco sucesso até agora.
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