Nomeado no domingo pelo Governo Central chinês, o novo governo de Hong Kong inclui quatro dirigentes que estão sujeitos a sanções por parte dos Estados Unidos.
Em resposta à dura Lei de Segurança Nacional imposta em 2020 pela República Popular da China contra Hong Kong com o objectivo de colocar fim às manifestações pró-democracia massivas que abalaram a antiga colónia britânica, Washington aplicou sanções a 11 governantes deste território.
Sete já eram membros do governo liderado por Carrie Lam e quatro deles vão continuar no novo Executivo: o chefe de governo, John Lee, o Secretário para a Segurança, Chris Tang, o Secretário para os Assuntos Continentais, Erick Tsang e o novo Secretário para a Administração, Eric Chan.
Os outros três, entre eles, a agora antiga chefe do Executivo Carrie Lam, abandonaram os seus cargos.
Ao apresentar o seu Governo à imprensa, Lee disse neste domingo que “ria perante as chamadas sanções” e não se deixava atemorizar por elas: “Alguns países de bárbaros tentam intimidar as autoridades de Hong Kong com medidas como sanções, sobretudo, depois das suas maquinações, que tinham como objectivo sabotar a nossa segurança nacional, fracassaram, graças às medidas que implantamos”, declarou.
A nomeação dos 26 membros do próximo governo ocorreu duas semanas antes da posse, a 1 de Julho, aniversário do regresso da antiga colónia britânica à China. A presença do presidente chinês, Xi Xiping, na cerimónia ainda não está confirmada.
Lee, de 64 anos, antigo secretário da Segurança de Hong Kong, supervisionou a repressão ao movimento pró-democracia e foi nomeado em Maio deste ano por um pequeno “comité eleitoral” ligado ao Governo central. Era o único candidato na corrida para substituir Lam.
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