Duas mulheres colombianas foram presas na sexta-feira no aeroporto internacional de Tocumen, no Panamá, quando tentavam viajar para a Espanha com cocaína escondida sob perucas, informou a Procuradoria do Ministério Público do país centro-americano.
Num primeiro momento, a magistrada panamenha especializada no combate às drogas, Xiomara Rodríguez, informou sobre a detenção, no terminal aéreo, de uma colombiana procedente de um voo de seu país com destino a Madrid.
De acordo com a versão oficial, a polícia abordou a mulher por suspeitar do seu penteado. Após submetê-la a um scanner, os agentes observaram que, entre as tranças do seu cabelo natural e a peruca que usava, estavam escondidos embrulhos de droga.
Xiomara informou que a mulher, sobre quem não foram divulgados detalhes, transportava por baixo da peruca “68 pacotes pretos cilíndricos contendo um pó branco”. Esta modalidade de tráfico de drogas é inédita no Panamá, acrescentou, num vídeo publicado na conta do Twitter do Ministério Público do Panamá.
De acordo com a magistrada, a mulher responderá perante um tribunal por suposto tráfico internacional de drogas.
A polícia panamenha publicou na sua conta do Twitter uma foto onde dois agentes aparecem a segurar uma pessoa, todos de costas, atrás de uma mesa com as embalagens da suposta droga.
Horas depois, a promotoria anunciou a prisão de “uma segunda mulher” com “67 pacotes contendo supostamente droga” escondidos sob outra peruca. A mulher também era procedente da Colômbia e tinha como destino a Espanha.
Embora a informação oficial não especifique a nacionalidade da segunda detida, fontes do Ministério Público confirmaram à AFP que se trata de outra colombiana. De acordo com as autoridades, as duas serão julgadas por suposto tráfico internacional de drogas.
Entre as modalidades curiosas de tráfico de drogas, em 2021 a polícia panamenha apreendeu, no perímetro de uma prisão, o “narcogato”, um felino que levava cocaína, crack e maconha amarradas ao pescoço, supostamente para introduzir as drogas no presídio.
O Panamá é a porta de entrada na América Central das drogas procedentes da América do Sul, principalmente da Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína, para os Estados Unidos da América, maior consumidor global desta droga.
No entanto, as autoridades centro-americanas têm advertido para um aumento significativo do tráfico de drogas para a Europa através, principalmente, dos portos caribenhos da região.
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