Uma sub-variante da Ómicron tem sido responsável por um aumento acelerado no número de casos de Covid-19 em Portugal. O país tem agora tem a segunda maior taxa de infecção do mundo, uma constatação que ameaça a potencial recuperação do sector de turismo
Portugal registou uma média de 2.447 novos casos por milhão de pessoas nos últimos sete dias, um número descomunal em comparação com os 449 da vizinha Espanha e os 70 do Reino Unido, de acordo com o rastreador Our World In Data.
A média móvel diminuiu ligeiramente nos últimos dias e está em pouco mais de um terço do pico da Ómicron, atingido a 31 de Janeiro.
Portugal tem a quinta maior taxa de mortalidade por Covid-19 do mundo e as hospitalizações estão a aumentar, ainda que muito abaixo dos picos anteriores.
Várias empresas de turismo contactadas pela agência Reuters expressaram temores confrontadas com o aumento, mas disseram que não ainda não foram alco de cancelamentos até agora. O número de turistas estrangeiros em Abril aproximou-se dos níveis vistos antes da pandemia.
Mais de 90 por cento da população de Portugal está totalmente vacinada.
O Instituto de Saúde pública Ricardo Jorge informou num relatório publicado na terça-feira que a subvariante da Ômicron BA.5 representava quase 90 por cento das novas infecções por Covid-19. A subvariante BA.4 também foi detectada em Portugal: “Portugal é provavelmente o país europeu com maior prevalência desta sub-linhagem e isso explica em parte o elevado número (de casos) que estamos vendo”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, à estação pública de televisão RTP.
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