Covid-19. Taiwan não vai “confinar cruelmente”

Fotografia: Mark Ivan/Unsplash

Taiwan não vai actuar de maneira “tão cruel como a China”, com medidas drásticas de confinamento, apesar do aumento de contágios pelo coronavírus, declarou o primeiro-ministro da ilha, Su Tseng-chang.

“Não vamos confinar o país e as cidades tão cruelmente como a China”, declarou o primeiro-ministro à imprensa, antes de uma reunião do governo sobre a prevenção da pandemia. “Os países de todo o mundo reabriram para conviver com o vírus. Taiwan vai continuar a avançar para (a possibilidade de viver normalmente) e entrará progressivamente numa nova fase de prevenção de epidemias”, disse Su Tseng-chang, do partido no Governo, uma força que defende a independência da ilha

Taiwan registou mais de 10.000 novos casos na quinta-feira, a primeira vez que a marca foi superada desde o início da pandemia. No domingo, 16.936 casos foram registados.

Durante os dois primeiros anos da pandemia, Taiwan registou taxas reduzidas de contágio, com o encerramento das fronteiras e regras rígidas de quarentena.

Os contágios estão a aumentar, mas as autoridades anunciaram que seguirão o exemplo de países que passaram da estratégia “Covid zero” para aceitar um aumento de casos.

A China continua a ser a única grande economia que se apega a uma estratégia draconiana de eliminação da Covid com severos confinamentos.

Quase 80 por cento da população de Taiwan – de 23 milhões de habitantes – recebeu duas doses da vacina e 58 por cento a dose de reforço. Desde o início da pandemia, a ilha registou 133.000 casos e 868 mortes.

A ilha, que tem normas democráticas, é considerada pela China como parte de seu território que um dia deve ser recuperado, pela força se necessário.

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