China. Dezenas de desaparecidos em desabamento de edifício

Fotografia: Sincerely Media/Unsplash

Dezenas de pessoas estão desaparecidas ou ficaram retidas entre os escombros de um edifício que desabou na sexta-feira na cidade de Changsha, no centro da República Popular da China, onde prosseguem as operações de resgate, informou a imprensa estatal. Dezoito pessoas estão presas e 39 não foram localizadas após o desabamento, que aconteceu na tarde de sexta-feira. O edifício tinha oito andares, informou o canal televisivo CCTV.

Não é ainda claro se as autoridades consideram que as pessoas que não foram localizadas se encontram ou não sob os escombros: “Estamos a avaliar a situação dos desaparecidos”, disse o autarca Zheng Jianxin.

O complexo imobiliário abrigava um cinema, um hotel e vários apartamentos. Até ao momento não foi anunciada nenhuma vítima fatal e as autoridades afirmaram que cinco pessoas foram resgatadas dos escombros durante a noite.

Imagens publicadas pela imprensa chinesa mostram o tecto depois de desabar, móveis e aparelhos de ar condicionado entre os escombros e as equipes de resgate a tentar comunicar com as pessoas retidas.

Para abrir passagem entre os escombros, os socorristas usaram serras circulares. Alguns feridos foram transportados em macas por um beco estreito, enquanto cães procuravam sinais de vida: “Os inquilinos fizeram mudanças estruturais no edifício”, informou a CCTV, antes de afirmar que o motivo da derrocada do prédio está ainda a ser investigado.

O presidente chinês, Xi Jinping, ordenou uma investigação exaustiva sobre a causa da tragédia e pediu que as vítimas sejam localizadas “custe o que custar”, destacou a imprensa estatal.

Wang Yong, dirigente do Partido Comunista, foi enviado ao local para coordenar as operações de resgate, afirma um comunicado oficial divulgado no sábado, o que pode ser um indício da gravidade do desastre.

Conselheiro de Estado, Yong, nomeado pelo governo central, foi enviado para dirigir uma equipa e “guiar as operações de resgate e resposta de emergência”, insiste a nota oficial.

Tragédias deste tipo são frequentes na China, devido às violações das normas de segurança.

Em Janeiro, uma explosão provocada por uma suposta fuga de gás provocou o desabamento de um edifício na cidade de Chongqing, a 1700 quilómetros de Xangai. A ocorrência deixou mais de 10 mortos.

Uma explosão numa conduta de gás numa área residencial em Junho de 2021 matou 25 pessoas na província central de Hubei.

E no mesmo mês, 18 pessoas morreram num incêndio numa escola de artes marciais. Todas as vítimas eram alunos do estabelecimento.

 

 

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.