A proibição do financiamento de centrais de queima de carvão anunciada pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinnping, permitiu cancelar 15 projectos, mas lacunas legais permitem que outras 18 centrais continuem a operar, de acordo com um estudo publicado na sexta-feira.
A China é o principal emissor de gases de efeito estufa e também o maior financiador de centrais a carvão no exterior, com até 67 projectos em 12 países. Em Setembro, Xi Jinping anunciou a proibição do financiamento de “novos projectos”.
Desde então, as empresas chinesas cancelaram 15 projetos de centrais termoeléctricas no exterior que teriam gerado 12,8 gigawatts de energia eléctrica, de acordo com um estudo do Centro para a Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA), com sede em Helsínquia.
Porém, a falta de normas claras permite que continuem a ser desenvolvidos outros projectos movidos a carvão, de acordo com a instituição: “A preocupação principal é que a China possa continuar a financiar ou a construir novos projectos a carvão para proporcionar energia a parques industriais sob a bandeira da ‘Nova Rota da Seda'”, disse Isabella Suarez, investigadora do CREA, em referência ao plano chinês de investir 1 bilião de dólares em infra-estruturas em todo o mundo.
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