Os países da União Europeia aprovaram na quinta-feira um embargo ao carvão russo e o encerramento dos portos europeus às embarcações do país, no âmbito da quinta rodada de sanções contra Moscovo, motivadas pela invasão da Ucrânia.
O novo pacote de sanções, que um funcionário da presidência francesa do Conselho da União Europeia classificou de “bastante substanciais”, é consequência da descoberta, na semana passada, de dezenas de corpos de civis na cidade de Bucha, nos arredores de Kiev.
Também inclui medidas que restringem as exportações de bens de tecnologia de ponta para a Rússia, avaliadas em 10 mil milhões de euros, bem como o congelamento de activos de diversos bancos russos.
Esta é a primeira vez que os membros do bloco aprovam medidas contra o sector energético russo, do qual dependem muitos países da Europa. A União Europeia importa 45 por cento do seu carvão da Rússia, o que equivale a cerca de 4 mil milhões de euros por ano. O embargo entrará em vigor no início de Agosto.
Além disso, a União Europeia ampliou a lista de produtos russos cuja importação está proibida no bloco, para incluir algumas “matérias-primas e materiais fundamentais”, com valor estimado em 5,5 mil milhões de euros por ano, numa tentativa de prejudicar o esforço de guerra russo.
Em uma série de mensagens publicadas no Twitter, a presidência francesa da União Europeia também assinalou que as transportadoras russas e bielorrussas estão proibidas de operar no território do bloco.
A lista com pessoas sancionadas pela União Europeia foi ampliada para 200 indivíduos, com a inclusão de oligarcas russos e das duas filhas adultas de Vladimir Putin, de acordo com um documento ao qual a AFP teve acesso.
A Rússia “vai sofrer uma longa queda até o isolamento económico, financeiro e tecnológico”, explicou no Twitter a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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