Vinte e seis pessoas consideradas desaparecidas, depois de um barco de pesca que transportava trabalhadores migrantes sem documentos ter afundado ao largo da costa da Indonésia, foram encontradas vivas. Algumas, após passar dois dias à deriva, afirmaram as autoridades na segunda-feira.
Dois dos 86 passageiros, que procuravam emprego na vizinha Malásia, morreram no naufrágio, disse Rully Ramadhiansyah, porta-voz da base naval de Belawan, na ilha de Sumatra. Tanto o capitão como os três membros da tripulação também sobreviveram: “Encontramos alguns dos passageiros agarrados a boias, tambores e outros objectos flutuantes para sobreviver no oceano”, disse Ramadhiansyah à AFP. Alguns foram resgatados por um pesqueiro.
A embarcação de madeira afundou ao largo da província de Sumatra do Norte, próximo à zona costeira de Tanjung Api, quando tentava chegar à Malásia por meio de uma rota sem vigilância.
As autoridades indicaram previamente que havia 89 pessoas a bordo e depois aumentaram para 90, de acordo com o testemunho do capitão da embarcação.
A Malásia, país com bons indicadores económicos, é o destino escolhido por milhões de migrantes económicos de toda a Ásia, muitos deles sem documentos, que trabalham em sectores como a construção ou a agricultura.
Mas para chegar ao pais, muitos embarcam em perigosos trajectos por via marítima. Em Janeiro, seis pessoas procedentes da Indonésia afogaram-se quando sua embarcação afundou, enquanto em Dezembro outros 21 migrantes do mesmo país morreram quanto tentavam chegar ao país.
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