Mais de dois mil manifestantes contrários à guerra foram detidos em diferentes cidades russas no domingo, anunciou a OVD-info, uma Organização Não Governamental que monitoriza as detenções nos protestos.
Desde que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, já foram detidos mais de 5.200 manifestantes pacifistas, acrescentou a Organização Não Governamental.
Jornalistas da Agência France Press testemunharam neste domingo a detenção de cerca de 200 pessoas em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia.
Ao realizarem as manifestações, milhares desafiaram as rígidas leis da Rússia sobre actos de protesto.
Cerca de 400 pessoas reuniram-se na antiga capital imperial, muitas carregando faixas com mensagens como “Não à guerra”, “Russos, voltem para casa” e “Paz para a Ucrânia”: “É uma pena que existam centenas, talvez milhares de nós e não milhões”, disse à AFP o engenheiro Vladimir Vilokhonov, de 35 anos, que participou no protesto.
“Sou contra a guerra. Nasci em 1941 e sei o que isso significa”, declarou Valeria Andreyeva, nascida no ano em que a Alemanha nazista atacou a União Soviética.
Em Moscovo, jornalistas da AFP presenciaram a detenção de cerca de 50 pessoas na praça Pushkin.
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