Líder islamita indonésio condenado a 15 anos de prisão

Fotografia: Expediente Photo/Expediente Sínico;

Um tribunal da Indonésia condenou esta quarta-feira um líder islâmico ligado à Al Qaeda a 15 anos de prisão, pelo seu papel nos atentados explosivos de 2002 que deixaram mais de duas centenas de mortos na ilha de Bali.

As explosões destruíram dois bares lotados de turistas estrangeiros. Foi o ataque mais letal da história da Indonésia.

Zulkarnaen, de 58 anos, um dos fundadores do grupo Jemaah Islamiya (JI), foi detido em Dezembro de 2020, após passar quase 18 anos foragido. O líder islâmico  foi julgado pelos atentados de Bali e por vários outros ataques cometidos por uma unidade especial sob o seu comando.

De acordo com o juiz encarregado do caso no Tribunal Distrital de Jacarta, o réu foi considerado “culpado de cometer terrorismo e condenado a passar 15 anos atrás das grades”.

O Ministério Público destacou que Zulkarnaen tinha criado uma célula terrorista e descreveu-o como um homem-chave na organização, dada a sua experiência em campos de treino extremistas no Afeganistão e nas Filipinas.

O representante do Ministério Público tinha solicitado pena de prisão perpétua e anunciou que vai recorrer da decisão.

Zulkarnaen não esteve presente no tribunal, devido às medidas sanitárias de contenção do coronavírus, mas apareceu por meio de uma ligação por vídeo: “A pena foi reduzida para 15 anos, em vez de prisão perpétua, de modo que o meu cliente a aceita”, disse o advogado do activista islâmico à AFP.

Ao longo do julgamento, Zulkarnaen negou a sua participação nos ataques de Bali, mas admitiu que foram cometidos pela sua equipe.

 

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