A polícia de Hong Kong prendeu e acusou nesta segunda-feira dois assistentes de voo da companhia aérea Cathay Pacific de terem alegadamente violado as restrições relativas à pandemia de Covid-19, depois de ter sido vinculado o aparecimento na antiga colónia britânica da variante Ómicron do coronavírus ao não cumprimento da quarentena domiciliar a que estavam obrigados.
A exemplo do que sucede na China e em Macau, Hong Kong adoptou uma estrita estratégia de “Covid zero”, que tem mantido o número de casos num nível relativamente baixo. A decisão isolou, no entanto, o enfraquecido centro financeiro, tanto da China continental quanto do resto do mundo ao longo dos últimos dois anos.
Um surto recente da variante Ómicron, atribuído à tripulação da Cathay Pacific, que não terá cumprido o período de quarentena a que estava sujeita, levou ao endurecimento drástico das medidas contra a Covid-19, o que incluiu o encerramento de jardins de infância e escolas do ensino primário.
A polícia de Hong Kong anunciou na noite de segunda-feira que dois assistentes de voo foram detidos e acusados de terem violado as medidas anti-Covid: “Realizaram actividades desnecessárias” nos dias 25 e 27 de Dezembro, num momento em que se supunha que deveriam estar em quarentena domiciliar após o seu regresso a Hong Kong, de acordo com um comunicado da polícia.
“Posteriormente, os dois assistentes testaram positivo para a variante Ómicron da Covid-19, após o que foram internados no hospital e tiveram alta após concluir o seu tratamento”, acrescenta o texto.
Os dois funcionários, que foram demitidos pela companhia aérea depois de violarem a quarentena, podem agora ser condenados a até seis meses de prisão e multa de 640 dólares, foram colocados em liberdade sob fiança e no próximo mês vão ser ouvidos em tribunal.
A revelação desta violação de quarentena por parte de funcionários da Cathay gerou novas pressões sobre a companhia aérea, já muito afectada pela pandemia, visto que devido às restrições fronteiriças actuais, foram reduzidas as viagens com destino a esta cidade, que costumava ser um hub de transportes e logística.
A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou na semana passada que as autoridades estão a investigar se a Cathay Pacific cumpriu as medidas e restrições contra a Covid, razão pela qual a empresa poderá responder a acções legais.
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