Hong Kong. Autoridades ligam surto de Covid-19 a hamsters importados

Fotografia: Kim Green/Unsplash

As autoridades de saúde de Hong Kong encontraram alegadamente indícios que apontam para a possibilidade de contágio de Covid-19 a partir de hamsters importados dos Países Baixos, informou na terça-feira o jornal South China Morning Post.

O contágio, que corresponde à variante delta do SARS-CoV-2, foi detectado domingo numa funcionária de uma loja de animais de estimação de Causeway Bay e poderá ser o primeiro caso de infecção por zoonose registado na antiga colónia britânica.

É a primeira vez em três meses que os investigadores não conseguem rastrear a origem da infecção, e embora ainda se esteja a estudar a rota da transmissão, vários dos roedores que eram vendidos na loja testaram positivo para a Covid-19.

Uma fonte citada pelo SCMP disse que as provas obtidas até agora, nomeadamente através de sequenciamento genético, “sugerem” que os hamsters foram o vector de transmissão.

O mesmo genoma do vírus foi encontrado tanto na paciente como nos roedores, que por sua vez é do mesmo tipo do que circula na Europa e no Paquistão: “Há possibilidade de que o contágio tenha acontecido a partir de hamsters importados desde os Países Baixos, que também têm esse genoma”, acrescentou a fonte.

O caso suscitou preocupação no seio do Executivo de  Hong Kong, segundo reconheceu hoje a chefe do Governo local, Carrie Lam: “O risco no caso desta loja de animais de estimação é que envolve animais e que tem mais de dez estabelecimentos por toda Hong Kong”, explicou Lam, que acrescentou que se trabalha intensamente neste assunto, que “parece preocupante”, desde segunda-feira.

O território mantém uma estratégia de tolerância zero contra o coronavírus, em linha com a táctica usada pela China, e exige 21 dias de estrita quarentena num hotel aos passageiros vindos do estrangeiro.

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