As exportações da República Popular da China aumentaram 29,9 por cento em 2021, em comparação com o ano anterior, e deixaram a segunda maior economia do mundo com um superávit recorda, de acordo com os dados divulgados pela Alfândega chinesa esta sexta-feira.
Depois dos frágeis +3,6 por cento registados em 2020, as exportações chinesas viram-se impulsionadas pela reabertura do comércio internacional e pela venda de produtos ligados ao combate à pandemia da Covid-19, como as máscaras cirúrgicas.
Embora as importações também tenham crescido fortemente (+30,1 por cento em termos anuais), a balança comercial da China atingiu um saldo positivo recorde de 676 mil milhões de dólares norte-americanos.
As exportações também foram favorecidas por uma recuperação nas vendas de produtos mecânicos e electrónicos, disse o porta-voz da agência aduaneira, Li Kuiwen.
Apesar de apresentar uma boa nota num ano cheio de desafios, Li disse à imprensa que a economia “enfrenta uma tripla pressão pela contracção da procura, pelo choque de oferta e pelas expectativas de queda”: “Hoje, as exportações fortes podem ser o único motor de impulso da economia chinesa”, estimou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
Em Dezembro, as exportações cresceram 20,9 por cento, dentro dos prognósticos, mas as importações ficaram abaixo das expectativas (+19,5 por cento), em comparação com o mesmo mês de 2020.
A esperança de um regresso à normalidade no combate à epidemia leva alguns economistas a prever uma queda nas exportações de produtos de saúde: “As exportações robustas ainda se devem manter durante alguns meses, mas vão, provavelmente, desacelerar a partir do meio do ano”, afirmou o analista Brian Coulton, da agência de classificação de risco Fitch.
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