Uma rata detectora de minas, condecorada pela sua bravura no Camboja por ajudar a salvar vidas, morreu, anunciou na terça-feira a Organização Não-Governamental que a treinou.
Magawa, uma fêmea do rato-gigante-africano da Tanzânia, ajudou a limpar cerca de 225.000 metros quadrados de terra, o equivalente a 42 campos de futebol, durante os seus cinco anos de carreira. Depois de detectar mais de 100 minas e outros explosivos, o roedor aposentou-se em Junho.
Magawa morreu “pacificamente” no último fim de semana aos oito anos, disse a organização não-governamental belga APOPO em comunicado: “Todos nós da APOPO lamentamos a perda de Magawa e agradecemos o trabalho incrível que ela fez”, salientou o grupo.
A APOPO disse que Magawa não estava doente e passou a maior parte do fim de semana a brincar com o seu entusiasmo habitual, mas que começou a mostrar sinais de fadiga no domingo “dormindo mais e mostrando menos apetite”.
Actuante na Ásia e na África, a ONG belga treinou Magawa, recompensando-a com os seus alimentos favoritos: banana e amendoim.
Magawa foi ensinada a arranhar o chão para sinalizar aos humanos a presença de TNT contido em explosivos. A técnica permite trabalhar muito mais rápido do que com um detector de metais, pois evita confundir minas com sucata.
Com 70 centímetros, Magawa explorava o equivalente a um campo de ténis em 30 minutos, tarefa que exigiria até quatro dias para um humano equipado com detector de metais.
Em Setembro de 2020, Magawa recebeu uma medalha de ouro da Associação de Proteção dos Animais do Reino Unido (People’s Dispensary for Sick Animals), que premia anualmente um animal por bravura.
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