Xi Jinping considerou na quarta-feira que a situação em Hong Kong melhorou em relação ao “caos” do ano passado. O presidente da República Popular da China saudou as recentes “eleições legislativas para patriotas” como uma manifestação dos direitos democráticos do povo.
As declarações de Xi, veiculadas na quarta-feira pela imprensa estatal, foram feitas durante uma reunião em Pequim com a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.
As eleições para o Conselho Legislativo, realizadas no passado domingo, foram ganhas por políticos apoiados pelo Partido Comunista da China. Dos 90 deputados que dão foram à câmara parlamentar da antiga colónia britânica apenas vinte foram eleitos directamente pelo voto popular.
A taxa de participação no escrutínio foi de 30,2 por cento, a mais baixa desde que os britânicos devolveram Hong Kong à República Popular da China, em 1997.
Todos os candidatos foram previamente avaliados por uma comissão que tinha por missão garantir que todos os candidatos que concorriam ao acto eleitoral contavam com o beneplácito do Governo central chinês..
Na quarta-feira, em Pequim, Xi Jinping disse à chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que, na sequência das eleições, tem a certeza de que os habitantes de Hong Kong se unirão na “realização do grande rejuvenescimento da nação chinesa”.
“A execução do novo sistema eleitoral segue o princípio de ‘Um País, Dois Sistemas ‘”, disse Xi, referindo-se ao modelo de regime sob o qual Hong Kong deveria manter instituições políticas, sociais e financeiras próprias por um período de 50 anos.
As eleições foram adiadas por um ano – alegadamente devido a um aumento dos casos de Covid-19 – depois de a oposição ter vencido as eleições para os conselhos distritais.
Antes de partir para Pequim, Carrie Lam, que está proibida de entrar nos Estados Unidos, disse que esperava “cobrir uma ampla gama de questões nesta visita de trabalho, em particular, porque, através de dois actos decisivos das autoridades centrais, Hong Kong está agora de volta ao rumo certo de ‘Um País, Dois Sistemas'”.
Numa declaração conjunta divulgada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, os chefes das diplomacias da Austrália, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos expressaram “grave preocupação” com a erosão dos elementos democráticos do sistema eleitoral de Hong Kong e com as crescentes restrições a que estão sujeitos os residentes do território.
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