O antigo presidente do grupo Kweichow Moutai, a empresa chinesa de destilados que mais factura em todo o mundo, foi condenado a pena de prisão perpétua por aceitar subornos no valor de quase 18 milhões de dólares. A informação foi avançada pelo tribunal de Guiyang, na província de Guizhou.
Yuan Renguo, de 64 anos, aceitou dinheiro e bens que totalizam 112,9 milhões de yuans (cerca de 17,8 milhões de dólares) entre 1994 e 2018, anunciou o tribunal da cidade de Guiyang onde o magnata foi julgado. É em Guiyang que fica situada a sede da empresa.
Expulso do Partido Comunista da China (PCC) em 2019, ano em que foi detido, Yuan Renguo perdeu os direitos políticos e teve todos os seus bens confiscados pr ordem do tribunal: “O acusado, Yuan Renguo, foi condenado à pena de prisão perpétua por aceitar subornos”, anunciou o tribunal, num breve comunicado.
O empresário foi julgado no fim de 2019 e na altura declarou-se culpado e arrependido, de acordo com a imprensa oficial.
Yuan Renguo é o mais recente de uma grande figura do mundo empresarial a cair em desgraça, no âmbito da campanha de combate à corrupção iniciada pelo presidente chinês Xi Jinping desde que chegou à liderança do Partido Comunista Chinês, em 2012.
O grupo Kweichow Moutai é conhecido por produzir o Moutai, uma bebida branca conhecido como baijiu. A aguardente é obtida a partir da destilação do sorgo e que está entre as bebidas destiladas mais caras da China.
Extremamente popular na República Popular da China, país com 1400 milhões de habitantes, o baijiu é a bebida alcoólica mais consumida do mundo.
A campanha anticorrupção lançada por Xi Jinping reduziu fortemente as vendas de Moutai porque a bebida era oferecida com frequência a políticos em troca de favores.
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