O curador João Miguel Barros, o artista plástico Ung Vai Meng e o fotógrafo Chan Hin Io vão representar Macau na 59.a edição da Bienal Internacional de Arte de Veneza, a sétima em que Macau marca presença.
O anunciou foi esta sexta-feira pelo Instituto Cultural, que explica que a proposta do trio recorre a vários suportes – fotografia, escultura, videoarte e arte performativa – com o inefável propósito de “diluir as fronteiras entre o sonho e a realidade”. De acordo com o organismo, responsável por seleccionar a representação de Macau, a proposta de Barros, Ung e Chan, revela “a abundância, densidade e vivacidade dos recantos de Macau, apresentando a sua memória coletiva e a situação actual”, de acordo com o júri.
Intitulada “Alegoria dos Sonhos”, a proposta vai ao encontro do tema da edição de 2022 da Bienal – “The Milk of Drams – ao conseguir reunir “profundas preocupações humanistas e reflexões sobre o espaço de vivência” e “ao entrelaçar uma visão panorâmica com um olhar pormenorizado”.“A obra eleita – sustenta o Instituto Cultural – disseca a história singular e a miscigenação cultural de Macau”, indica a nota em que a escolha de “Alegoria dos Sonhos” é justificada.
Advogado de profissão, João Miguel Barros nasceu em 1958, em Lisboa. Ao longo dos últimos anos, notabilizou-se como curador independente na área da fotografia contemporânea, com trabalho realizado em várias exposições de fotografia em Portugal e noutros países.
Antigo presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, artista que obteve o doutoramento em Belas Artes pela Academia de Arte da China, participou em vários projectos de arte contemporânea de grande escala, um dos últimos esteve patente ao público em Lisboa.
Chan Hin Io, por sua vez, é fotógrafo e conta no currículo com diversas exposições individuais em Macau e Portugal.
O Instituto Cultural analisou um total de 24 propostas de 60 curadores e artistas locais, explica o organismo na mesma nota de imprensa.
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